Os três aspectos do pecado
A queda do homem
Ao criar o homem, Deus tinha em seu coração um glorioso plano. O Seu propósito era ter uma família de muitos filhos semelhantes a Ele. Ele criara o homem à Sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26). Perfeito e santo como Deus é.
Porém, quando Adão pecou, desviou-se completamente desse plano. O pecado foi uma intromissão violenta no propósito de Deus. Aquele homem perfeito e santo estragou-se, corrompeu-se, morreu. Então passou a sofrer todas as conseqüências dessa morte. Os filhos se separaram do Pai. A família foi rompida.
O pecado deixou o homem em estado deplorável. A queda foi enorme. O homem se tornou de tal maneira estragado que não tinha como recuperar-se a si mesmo. Nenhum homem poderia salvar a raça humana.
O pecado deixou o homem de tal maneira estragado que ele não tinha como recuperar-se a si mesmo.
Mas Deus não desistiu do Seu propósito. Deus se propôs a restabelecer todas as coisas e restaurar o homem. E só Ele poderia recuperar o homem estragado. Por isso preparou o único caminho para isto. Ele proveu uma completa e poderosa salvação para o homem, por meio de Jesus Cristo, seu Filho. E é este assunto que trataremos nesta apostila.
As consequências do pecado no homem
Para entendermos melhor a profundidade e poder que há na obra de Cristo, precisamos primeiro entender melhor o que representou a queda do homem. Precisamos compreender as consequências do pecado no homem.
Na apostila Princípios Elementares, vimos que o pecado é uma atitude interior de rebelião e independência. E que a única coisa capaz de colocar um ponto final nessa atitude é o arrependimento. Porém, o arrependimento não resolve todas as coisas. Ele é fundamental, porque sem arrependimento Deus não pode restaurar o homem. Porém, apenas o arrependimento não é suficiente para restaurar o homem. O arrependimento é o ponto de partida para Deus poder agir, através de Cristo Jesus.
A rebelião foi o ponto inicial do pecado. Entretanto, o estrago não parou aí. O dano do pecado na vida do homem vai muito além de um coração rebelde. A rebelião trouxe consequências gravíssimas sobre o homem.
Os três aspectos do pecado
Há três aspectos importantes do pecado sobre o homem, que não são resolvidos no arrependimento:
Primeiro: Condenação: O pecado veio condenar o homem a castigo eterno.
Segundo: Escravidão: O pecado veio escravizar o homem. Ter poder sobre o homem.
Terceiro: Habitação: O pecado veio habitar no homem por toda a vida.
Há três aspectos do pecado, que não são resolvidos com o arrependimento: a condenação, a escravidão e a habitação.
A condenação
“Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.” (Rm 1.32)
“… quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder…” (2Ts 1.7-9).
“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.“ (Ap 21.8).
Deus é justo e santo. Não pode conviver com a injustiça e o erro. O pecado separou o homem de Deus, e o colocou debaixo da Sua ira. O homem foi condenado ao castigo eterno.
Apesar do Seu grande amor, Deus não poderia “fazer de conta” que seus filhos não pecaram. Se Ele fizesse isso, se tornaria injusto, violentaria a sua justiça. Deixaria de ser o que Ele é. Deus não admite o erro e o pecado.
O homem está condenado ao castigo eterno.
A Bíblia fala que os pecados do homem, tudo o que ele faz, são uma dívida impagável que todo homem tem com Deus. Dívida que o separa e o condena diante de Deus à penalidade de eterna destruição.
A escravidão
Esta é outra conseqüência do pecado. O pecado, além de condenar o homem, ainda o escraviza.
“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.” (Jo 8.34)
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.” (Rm 7.14)
“… todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.” (Rm 3.12)
O pecado tem domínio sobre o homem, como um senhor de escravos tem domínio sobre os seus servos, fazendo sempre o homem cometer novos pecados.
Todo homem é escravo do pecado, está estragado, inútil para Deus.
Por causa disto, a Bíblia diz que o homem se tornou inútil para fazer o bem, inútil para Deus. O pecado estragou o homem. Então o problema não é somente a dívida pelo que o homem fez. O problema é também aquilo que ele é: escravo. Mesmo que a sua dívida de pecados fosse perdoada, ele continuaria estragado e cometeria novos pecados. Toda obra feita sem Cristo é inútil para Deus.
A habitação
“Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.” (Rm 7.20-21).
Ainda há outra conseqüência igualmente terrível do pecado no homem. É o fato de que, além de condenar e escravizar o homem, o pecado habita permanentemente na carne do homem.
Isto significa que, mesmo que o homem seja perdoado de sua dívida de pecados, mesmo que ele seja libertado do poder e da escravidão do pecado, ele ainda terá que conviver com a presença perturbadora do pecado em sua carne.
O pecado habita permanentemente na carne, além de condenar e escravizar o homem.
Que terrível é o estado do homem.
Porém, se o estrago do homem é grande, maior ainda é a salvação provida pelo Senhor, por meio de Cristo Jesus. Aleluia!
Via Fazendo Discipulos
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