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Trabalho


I. INTRODUÇÃO

Para um discípulo, o poder trabalhar é um dom de Deus. O trabalho não é um mal necessário como pensam alguns, e tão pouco é tudo na vida, como falam outros. As Escrituras trazem ensinamento claro, positivo e equilibrado sobre a dignidade do trabalho.


II. O TRABALHO FOI ORDENADO NA CRIAÇÃO

O trabalho não é uma maldição ou um castigo imposto ao homem por causa do pecado. A terra, de fato, foi amaldiçoada por causa do pecado do homem, dificultando o seu trabalho e exigindo dele esforço e suor para conseguir sustento (Gn 3.17-19). Todavia o trabalho antecede o pecado. Deus não fez chover sobre a terra senão depois da criação do homem, para que este pudesse cultiva-la (Gn 2.5). Depois que o homem foi criado, Deus o colocou a trabalhar cultivando e guardando o jardim. A natureza, por si só, não produzia adequadamente para o sustento do homem. Ele precisava cultiva-la.

Desde o princípio, além de exercer domínio sobre todos os animais e multiplicar-se a si mesmo para cumprir o propósito de Deus (Gn 1.26-28), o homem também cumpria a vontade do Senhor trabalhando a terra.


III. O TRABALHO COMO OBRIGAÇÃO MORAL

O trabalho não é um impulso. É um exercício da vontade. É um esforço consciente, direcionado e planejado. Muitas vezes será em detrimento de outras atividades legítimas (leitura, lazer, devoção, etc.). A regra bíblica é: “se alguém não quer trabalhar, também não coma” (1Ts 3.10).

No tempo dos primeiros apóstolos, os discípulos que não queriam trabalhar, vivendo desordenadamente, eram notados na igreja e afastados dos demais irmãos (2Ts 3.6-15). Isto também praticamos hoje em dia.


IV. O PECADO DA PREGUIÇA E INDOLÊNCIA

“Sai o homem para o seu trabalho e para o seu encargo até a tarde” Sl 104.3.

A preguiça leva à ociosidade, e esta aos vícios, aos falatórios profanos, fantasias, leviandades, murmuração, ciúmes, invejas, pobreza, etc (Pv 12.9,11; 6.6-11; Tt 1.10-13; 1Tm 5.13).


“O preguiçoso morre desejando... porque as suas mãos recusam a trabalhar” Pv 21.25.


V. O TRABALHO É UM SERVIÇO

Trabalhando servimos ao próximo. Não trabalhamos apenas para suprir nossas próprias necessidades (1Ts 4.11-12). Isto é legítimo, bom e necessário, mas nosso trabalho deve visar também, o suprimento de outros (Ef 4.28). Também nisso Jesus é nosso exemplo (2Co 8.9). Importante é a leitura dos capítulos 8 e 9, inteiros, de 2 Coríntios.


VI. O TRABALHO DIGNIFICA

“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida...” Mt 20.28.

Nenhum trabalho deve ser considerado humilhante. O Verbo Eterno assumiu a forma de servo e, uma vez encarnado, serviu aos homens em uma profissão simples e honrosa (Fp 2.5-8; Mc 6.3). No reino de Deus não há espaço para orgulho de qualquer espécie (Lc 22.24-27; Jo 13.1-17).

“TUDO quanto te vier a mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” Ec 9.10.


VII. O PADRÃO PARA O EMPREGADO.

a) Servir como ao Senhor (Ef 6.58). Se não entendemos e não aceitamos a delegação de Deus, vamos nos sentir como escravos de homens diante das ordens recebidas (1Co 7.21-23).

b) Honrar os patrões para que o nome de Deus não seja blasfemado (1Tm 6.1-2).

c) Obedecer em tudo aos patrões, mesmo aos maus (1Pe 2.18-19; Cl 3.22-24).

d) Não “abusar” dos patrões irmãos, mas servi-los melhor (1Tm 6.2).


VIII. O PADRÃO PARA O EMPREGADOR

a) Não usar ameaças (Ef 6.9).

b) Ser justo, sabendo que também tem o Senhor que o julga (Cl 4.1).


c) Pagar salários dignos e não atrasa-los (Dt 24.14-15; Lv 19.13). Atrasar intencionalmente é roubo.

d) Deus é juiz contra as explorações (Tg 5.4; Jó 31.13-15).

e) Não sonegar impostos (Rm 13.7; Mt 22.21).

f) Não colocar o coração nas riquezas (1Tm 6.17-19).


IX. A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E A PROSPERIDADE.

“Vês a um homem perito na sua obra? Perante reis será posto não entre a plebe” Pv 22.29.

Deus honra aquele que busca se esmerar no seu trabalho. Muitas dificuldades encontradas por muitos irmãos é fruto da falta de habilitação profissional (Gl 6.7). A prosperidade na bíblia é apresentada sempre como resultado de: generosidade, fidelidade a Deus e diligência no trabalho. Deus quer um povo que viva no presente século, não apenas de modo piedoso e justo, mas também sensato (Tt 2.12). Leia ainda as seguintes referências: Ec 11.4-6; Pv 12.24; 13.11; 14.23; 21.5. Não espere a bênção de Deus sobre o seu trabalho e finanças, vivendo desordenadamente.

“Ao que bem ordena o seu caminho eu lhe mostrarei a salvação de Deus” Sl 50.23.


X. CONCLUSÃO

Tudo é do Senhor e para Ele devemos executar o que nos foi confiado, quer sejamos patrão, empregado, servidor público, profissional liberal ou autônomo (Sl 24.1; Dt 8.12-14, 17-18; Ec 9.10; 1Tm 6.7).

“Porque d'Ele e por meio d'Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente” Rm 11.36.

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