Firmeza e Brandura
“ Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.” (2Tm 2.24-26)
“ Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” (Gl 6.1)
Como devemos corrigir um discípulo que erra?
Esta é uma resposta muito importante. É uma das partes mais difíceis do discipulado.
Tratar com um discípulo bom, todo mundo sabe. Não é necessário ser um discipulador maduro para cuidar de um discípulo fiel, submisso, que pratica tudo aquilo que é ensinado, cumpre todas as tarefas, evangeliza, ora e vive uma vida santa e irrepreensível.
Vamos conhecer a maturidade de um discipulador quando ele tiver que cuidar de um discípulo deficiente.
Os textos acima nos ensinam qual a postura correta. Eles falam de uma mistura de firmeza com brandura.
Um discipulador deve ser firme, porque ele não pode deixar de corrigir os erros dos discípulos. Não pode ser negligente e deixar passar suas deficiências sem tratá-las.
Porém um discipulador não pode tratar o discípulo de forma carnal, áspera e rude. O texto acima diz que o servo do Senhor não é contencioso, não é de briga. Pelo contrário deve ser brando para com todos. Brando não é frouxo. É firme, porém cordial e amoroso. O texto também diz que tem que ser paciente. Paciente em meio às encrencas. Não se exaspera. O texto diz que até mesmo ao chegar a disciplinar os que se opõem, ele deve fazê-lo com mansidão (observação: este é apenas um exemplo de situação; discipuladores e líderes não tem autoridade para disciplinar na igreja).
Os textos acima ensinam uma rara mistura de firmeza e brandura. E esta é a atitude correta de um discipulador maduro. O texto em Gálatas 6.1 diz: “corrigi-o com espírito de brandura”.
Em outras palavras, um discipulador deve ser firme com os erros do discípulo, sempre com um espírito manso, humilde, brando e amoroso. Um discipulador deve tratar o discípulo com respeito. Não tem autoridade para se exasperar, brigar, ralhar ou gritar com o discípulo.
Cuidado com a ira. Nossa ira não produz a justiça de Deus (Tg 1.20), e ainda ofende a Deus (ver o erro de Moisés que lhe custou não entrar em Canaã. Nm 20.2-13)
Se o discípulo for desobediente e insubmisso, e o discipulador não estiver conseguindo cuidar do discípulo, deve levar o assunto aos líderes e pastores para que julguem a situação e possam tomar as medidas necessárias.